quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Antigos Vitrais da Matriz de Sant'Ana


Vitrais da igreja, destruídos no início dos anos 1990

Você já reparou nos atuais vitrais da igreja matriz de Sant'Ana? Pois é... eu também não! São vidros chochos, sem graça, bem diferentes dos antigos vitrais coloridos e com imagens sacras que existiam até o começo dos anos 1990. Há quem diga inclusive que, em determinada hora da tarde, a nave da igreja naturalmente ia se escurecendo enquanto os raios do sol atravessavam os vitrais e iluminavam o sacrário no altar, criando um belo efeito visual.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Centenário da Igreja Matriz de Sant'Ana

Em 9 de setembro de 1917 foi inaugurada a nova igreja matriz de Sant'Ana, cuja épica edificação foi narrada em meu livro, "Os 250 anos da Paróquia de Sant’Ana" (2010).

Registramos aqui a narrativa da inauguração, conforme registrada nas fontes da época [pp. 78-79]:

Era 8 de setembro, às quatro da tarde, quando D. Ferrão era recebido em Lavras. As ruas estavam devidamente limpas e enfeitadas com girândolas, arcos e bandeirolas pela comissão organizada especialmente para esta tarefa. Grande número de pessoas foram a cavalo ao encontro do bispo, que ficaria hospedado na casa do pároco Castorino. Nas imediações da residência do sr. Arthur da Costa Maia, Sua Eminência foi saudada pelos doutores Lafayette de Padua e Humberto de Andrade. Em frente à casa do vigário, quem se pronunciou foi o senhor José Zuquim. D. Ferrão agradeceu a recepção calorosa e lançou bênção a todos os presentes.

No dia 9 de setembro de 1917, às dez da manhã, haveria a Missa solene e a sagração da nova Matriz segundo o ritual litúrgico. Ela se encontrava devidamente ornamentada pelas Damas da Caridade do Sagrado Coração de Jesus. Conforme decidido anteriormente, as varas do pálio que levaria o bispo em procissão seriam carregadas por membros da Irmandade do Santíssimo Sacramento, confrades de São Vicente de Paulo e associados da Adoração Noturna. Os distintos católicos lavrenses, doutores Derval Junqueira de Aquino e Gustavo Olyntho de Aquino, a pedido do reverendo vigário fizeram doação de preciosa capa de asperges e de um fino tapete para o altar-mor.


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Há 100 anos, a construção da Matriz de Sant'Ana

Matriz de Sant'Ana em construção, 1911




"O prolixo semanário A Tribuna em 1910 não poupava adjetivos à construção e ao construtor, porém reconhecia que havia necessidade de mais recursos para o edifício


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Procissão da Semana Santa em Lavras (1908)

Procissão em Lavras, década de 1920 (Arquivo da UFLA)
(Grafia original)

"A Semana Santa correu como nos annos anteriores: as mesmas ceremonias, as mesmas procissões. 

Do meu camarote, isto é, da minha janella, assisti com curiosidade e interesse o desfilar do povo em dupla fila, empunhando velas accesas, como um bando de vagalumes enormes, em formatura. Iam todos compenetrados, com aquellas phisionomias solemnes que caracterizam os mineiros; velhos de longas barbas brancas, rapazes e crianças, de olhos espantados e irriquietos, e no fim o longo acompanhamento de homens, senhoras e senhorinhas, formando uma multidão silenciosa, respeitosa e ordeira. 

domingo, 18 de fevereiro de 2018

O mistério do Bom Jesus de Matosinhos de Lavras

A historiadora portuguesa Isabel Lago, autora do livro "Uma Rota de Fé - a Devoção ao Bom Jesus do Matosinhos no Brasil" entrou em contato conosco recentemente sobre um mistério relativo à devoção do Bom Jesus de Matosinhos de Lavras.

Em verdade, há muito a pesquisadora havia contatado a prefeitura municipal de Lavras procurando por informações. O trecho de seu livro que narra esta pesquisa é o seguinte.


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Visita Pastoral do Bispo de Mariana (1824)

Fonte: TRINDADE, Dom Frei José da Santíssima. Freguesia de Santana de Lavras do Funil. In: Visitas Pastorais de Dom Frei José da Santíssima Trindade (1821-1825). Belo Horizonte: Centro de Estudos Históricos e Culturais; Fundação João Pinheiro; Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, 1998, pp. 227-231. Coleção Mineiriana.

FREGUESIA DE SANTANA DE LAVRAS DO FUNIL, A 42 LÉGUAS DE MARIANA E 81 DA CORTE DO RIO DE JANEIRO, COM 1.195 ALMAS E 1.866 FOGOS, SEGUNDO UM MAPA DO REVERENDO VIGÁRIO DE 1822, E DE RENDIMENTO COBRÁVEL COM A CÔNGRUA DE 1:600$000.

Esta freguesia tem de longitude, do nascente ao poente, de 24 a 25 léguas, e de latitude de 7 a 8 léguas.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

História da Paróquia de Sant'Ana de Lavras

Paróquia de Sant’Ana (Lavras)

Forania de Lavras
Padroeira: Santa Ana
Dia Maior: 26 de julho
Pároco: Pe. Pe. Cristiano Francisco de Assis (SCJ)

Aproximadamente 50 km é a distância que separa Carrancas (MG), primeira sede da Paróquia de Sant'Ana, da cidade onde ela atualmente se encontra, Lavras. A referida Paróquia esteve sediada em Carrancas até meados do século XVIII quando o bispado de Mariana, Arquidiocese a qual a Paróquia de Sant'Ana fazia parte, foi contatado a fim de que ela fosse transferida para Lavras, cidade com população crescente e cuja devoção a Sant'Ana, mãe de Maria e avó de Jesus, tornava-se a cada dia mais expressiva.

Assim, em 1760 a Paróquia foi transferida e inaugurou-se em Lavras um novo templo, de arquitetura barroca, atualmente tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – a igreja do Rosário. Séculos mais tarde, em 1904, em meio a projetos de expansão da cidade de Lavras, foi firmado o compromisso de construção de uma outra igreja, que pudesse receber um número maior de fiéis. Para tornar possível o empreendimento, o então pároco, pe. Francisco Severo Malaquias, reuniu doações de toda a população. Tais esforços culminaram na inauguração, em 1917, da atual matriz da Paróquia de Sant'Ana.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

História da Praça Dr. José Esteves e da Praça Monsenhor Domingos Pinheiro



Recentemente foi publicado pela editora UFLA dois livros de ótima qualidade, escritos por Iracema Clara Alves Luz e Patrícia Duarte de Oliveira Paiva. As obras pertencem à coleção "Praças da Estrada Real" e tratam justamente de duas belas e simpáticas praças lavrenses -- a Dr. José Esteves, na Zona Norte, e a Monsenhor Domingos Pinheiro, no Centro.

Ambos os livros trazem muitas informações sobre estes jardins e seus entornos, além de grande número de fotos, várias do acervo de meu colega Renato Libeck, que certamente farão seus leitores se identificarem com estes patrimônios de nossa paisagem urbana.

Estas obras estão à venda na Livraria da UFLA e nas melhores livrarias da cidade.