terça-feira, 6 de julho de 2021

O OVNI em Lavras (I)

Por Marcelo Zammarian   
14 de abril de 2008

Por Yolanda Hollaender
Colaboradora do CUB
No dia 1º de junho de 1969, na cidade de Lavras, situada no sul do estado de Minas Gerais, o cirurgião Rêmulo Tourino Furtini, através de um telefonema da cunhada Maria Marta Barbosa Souza, foi avisado de que havia um objeto luminoso que pairava nos céus da cidade. O médico, de imediato, correu para a varanda de sua casa, o lugar era alto e privilegiado para visualização. Ele pôde ver o referido objeto flutuando a mais ou menos 500 metros de distância. Era uma luz intensa branca, às vezes ficava ligeiramente azulada. Lembrando-se de que tinha uma máquina fotográfica com filme guardada, marca Luvitel, de origem russa, tipo caixote, mais do que depressa foi pegá-la e apoiou-se com os dois cotovelos na borda da varanda e começou a bater fotografias do objeto com várias velocidades e em várias aberturas. Inclusive, depois que escureceu definitivamente, pois era final de tarde, fotografou a lua e as nuvens para servir de referência com relação às fotos que havia tirado.
  
    Stabolito, Maria Marta B. Souza e Milton Frank.                          Dr. Rêmulo Tourino Furtini


CUB: Esse objeto luminoso movia-se de alguma forma durante a sua observação?
Ele estava parado, deslocava-se para a direita, parava. Descia um pouco, parava. Subia, parava, como se estivesse observando. A gente tinha a sensação de que eles estavam observando.   

CUB: Além do senhor e sua cunhada, quem mais pôde observar o fenômeno luminoso? 
Na rua da casa da minha cunhada, todos viram. Minha vizinha que estava em casa, viu também. O objeto apareceu em Lavras por mais dois dias e muita gente viu.
CUB: De que forma a imprensa tomou conhecimento deste fato?
Eu mandei revelar o filme e pedi ao fotógrafo que, mesmo que ele não encontrasse nada no negativo, eu faria questão de guardá-lo assim mesmo. Eu não abriria mão disso. Após revelar o filme, o fotógrafo percebeu algo no negativo, ligou para Belo Horizonte e comunicou à TV Itacolomi, mais precisamente para o repórter Jaime Gomide, que era aparentado dele, e aí a televisão tomou conhecimento do caso e espalhou para todo o Brasil e acredito até que para o mundo inteiro. A movimentação foi enorme. Repórteres o dia todo, viaturas de reportagem, telefonemas, o povo querendo saber detalhes.  Isso tudo se deu num momento importante na minha vida, porque tinha acabado de nascer o meu filho e nós precisávamos de mais privacidade.
CUB: Onde estão as fotos com seus respectivos negativos?
Primeiro, quem levou as fotos foi o repórter Gomide, da TV Itacolomi. Mais tarde, uma pessoa me procurou em minha casa, contando uma história de que sua irmã em Goiás teve um contato visual com um fenômeno parecido, e eu não acreditei na conversa da tal pessoa. Aí resolvi abordá-lo, dizendo que ele poderia ir direto ao assunto. Imediatamente ele puxou a aba do paletó, mostrando-me uma insígnia e identificando-se como sendo do Serviço Secreto do Exército e que estava encarregado de investigar se o caso era verdadeiro ou não. Eu afirmei que era procedente e ele pediu-me que contasse o que havia ocorrido. Após eu ter narrado com detalhe os fatos, ele requisitou fotos e negativos, informando-me que eu receberia, através da polícia local, um formulário, o qual deveria ser minuciosamente preenchido e devolvido à delegacia, de onde seria encaminhado para o Serviço Secreto. Quinze dias depois, realmente recebi o referido formulário, preenchi e devolvi. Embora na época tivesse havido um comprometimento verbal desta pessoa em me devolver o material, até hoje nada recebi. Hoje eu não sei onde estão essas fotos e negativos.
CUB: Nem mesmo um retorno com relação aos exames e análise dessas fotos o senhor recebeu?
O retorno que eu obtive foi que as mesmas foram examinadas pela NASA, o que comprovou que as fotos eram realmente verdadeiras e que, além da luz que impressionou a película, havia traços de radiação, tanto que com qualquer abertura ou velocidade o filme teria sido impressionado.
   
Revista O Cruzeiro de 14 de junho de 1969, onde a foto foi publicada e uma das fotos feitas pelo Dr. Rêmulo Tourino Furtini
CUB: Como foram os dias subseqüentes a este fato narrado até aqui pelo senhor?
No dia seguinte, entre o fim da tarde e começo da noite, a esposa de um colega nosso estava colocando roupas para secar, quando ela também viu o objeto e me comunicou. Um engenheiro da cidade estava com a filha no baile, e voltando para casa de madrugada, viu um objeto parado a uns 200 metros da rua. Chamou a vizinhança toda e todos correram para a rua de pijama, de camisola, quando o objeto deu um rasante na rua, e teve muita gente que voltou para dentro de casa entrando pelas janelas. O mais importante foi que no mesmo dia, às 4hs da madrugada, o Tiro de Guerra estava fazendo evoluções perto da sede, havia um pasto cercado e o objeto estava flutuando a uma distância mínima do chão. Os atiradores foram até a cerca e um deles quis atravessá-la para se aproximar mais do objeto, coisa que o Sargento não permitiu. Depois que o objeto alçou vôo, o capim ficou queimado em forma de círculo. Isso foi fotografado pela imprensa e foi publicado pela revista O Cruzeiro, na época.
CUB: Hoje no local onde houve o pouso desse suposto objeto existe uma casa. O senhor, naquela ocasião, chegou a visitar o lugar do pouso? O que o senhor viu de diferente?
Estive no local, sim, e vi o capim queimado formando um círculo aonde o objeto pousou e era bem nítido, bastante nítido. O capim murchou e ficou preto, não como se tivesse pegado fogo, porque quando pega fogo forma carvão. Neste caso, foi diferente: não havia carbonização, parecia que era uma queimadura causada por irradiação. E, em volta, a vegetação estava viva e normal.
CUB: Qual sua opinião sobre o acontecido?  
Na minha opinião pessoal, é que se trata de um objeto não identificado e que não é de origem terrena, porque esse objeto na hora que desapareceu impôs uma velocidade que era enorme, ele em pouco tempo virou um ponto no espaço e desapareceu. A luz não era uma luz a que estamos acostumados, era uma luz muito intensa. Penso mesmo que se trata de um óvni. Eu era cético em relação a esses assuntos e a partir daquela data passei a acreditar. 
  
Dulceli Barbosa e Maria Marta B.Souza, cunhadas do Dr. Rêmulo T. Furtini, em depoimento para o Painel Óvni TV. Em seus depoimentos confirmaram tudo o que foi relatado pelo médico, mas não acrescentaram nenhum fato novo. 
Comentários do autor:
Lendo a matéria da revista O Cruzeiro datada de 16 de junho de 1969 chamou-me a atenção o depoimento do engenheiro José Alfredo Unes, chefe de Setor da Rede Ferroviária Centro Oeste, pela sua presença de espírito ao avistar o objeto e a atitude que tomou quanto à luminosidade que ofuscava sua visão. Conta o engenheiro que o objeto apareceu na rua onde ele morava, e possuía uma luminosidade tão grande que não dava para vê-lo além da luz que o envolvia. Então, apanhou uma garrafa de cerveja, quebrou e viu aquilo através do vidro partido. Ficou impressionado, e com as pernas tremendo, diante do objeto.Tinha uns 50 metros de diâmetro, uma luz vermelho-alaranjada, uma forma elíptica e uma espécie de cabine saindo de seu interior, virada para baixo. Quando se movimentava, somente aparecia a sua conformação elíptica. Era um objeto estranho, não identificado. Não tinha condição de ser nenhum fenômeno meteorológico.
Conclusão do autor:  
Não tenho a menor sombra de dúvida que este fato ocorrido em 1969 e descrito com riqueza de detalhes pelo Dr.Rêmulo Tourino Furtini é quente, muito embora a melhor foto não tenha sido usada na reportagem de O Cruzeiro, razão que o próprio médico desconhece e nós também. Segundo Dr.Furtini, a fotografia mostrava um prato, uma cúpula pequena embaixo, uma cúpula grande em cima, com várias janelas e numa delas “alguém” observando.  Todas as fotos que aparecem na reportagem da revista O Cruzeiro não definem o objeto luminoso, mas sim aquilo que parece ser a movimentação da máquina fotográfica no momento do disparo. A ansiedade de não perder a oportunidade de fotografar o fenômeno, talvez seja a causa geradora disto, e no meu entender todas as fotos usadas na reportagem foram feitas com abertura excessiva, o que fatalmente gera uma suposta movimentação e trajetória de um objeto, quando, na verdade, não existiram.  
Convido nossos leitores a examinarem por si mesmos as duas fotos abaixo e tirarem as suas próprias conclusões.
  
À esquerda, foto tirada pelo Dr. Rêmulo T. Furtini  e à direita, foto de Vênus, tirada por Marcelo Zammarian, da Upoani e Pesquisador de Campo do CUB, com abertura excessiva e um pequeno movimento de mão proposital
Última Atualização ( 15 de abril de 2008 )

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