quinta-feira, 3 de março de 2011

Patrimônio Histórico Depredado (Partes II & III)

Monumento aos Pracinhas
 Na Praça Leonardo Venerando, outrora Praça da Bandeira, dois monumentos se sobressaem, tanto pela imponência como pelos vandalismos que sofreram. Um deles é uma estátua representando “o reconhecimento e a gratidão da comunidade lavrense aos seus filhos que bravamente lutaram nos campos da Itália, em defesa dos ideais de liberdade”. Datado de fevereiro de 1987, a placa contém o nome dos setenta soldados lavrenses que combateram na II Guerra Mundial, destacando três destes que lá perderam suas vidas: Joaquim Onílio Borges (falecido em ação em Monte Castelo), Joaquim Severino (falecido em ação em Montese) e José Antônio dos Santos (falecido em ação em Pistóia).

O monumento, conforme a imagem mostra, está bastante danificado. A placa, bastante suja, teve a insígnia da FEB (Força Expedicionária Brasileira) surrupiada por um gatuno. Os mármores da base do pedestal e da estátua também estão quebrados, sem falar que o monumento apresenta três manchas, causadas pela cola de adesivos de candidatos políticos...


Felizmente os danos no monumento não são permanentes, podendo ser feita uma restauração. O que não é aceitável é que estas depredações ocorram, pois contradiz ao respeito merecido àqueles que lutaram por nós. Não são muitos os veteranos de guerra ainda vivos, logo reformar o monumento seria um último belo gesto de gratidão aos nossos bravos pracinhas!





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Obelisco - Monumento à Mocidade Lavrense
Obeliscos são grandes monumentos de pedra em forma de agulha. Os mais antigos existentes têm 4000 anos de idade, feitos no Egito. Tal como as pirâmides, os obeliscos evocavam a eternidade, pois por seu tamanho e peso, eram obras praticamente indestrutíveis (claro, até a invenção da pólvora).


A tradição de erigir obeliscos permaneceu com os romanos, que levaram muitos dos monólitos egípcios para a capital do Império. Um destes hoje está na Praça de São Pedro, no Vaticano.

O obelisco de Lavras, popularmente chamado de “pirulito”, foi inaugurado em 20 de julho de 1944. Na base, um selo de bronze indica que o marco está a 910,226 metros do nível do mar, conforme calculado pelo Conselho Nacional de Geografia. No selo lê-se: “NÃO DESTRUIR, PROTEGIDO PELA LEI”.

Este monumento é dedicado à Lavras e à sua juventude. Décadas depois, por uma trágica ironia, pode-se ver em um de seus lados rabiscos de iniciais feitos muito provavelmente por jovens. No alto da agulha há também um estranho buraco com aparência de uma colméia de abelhas.


Quem sabe, com uma Educação Patrimonial eficiente, casos como estes deixem de acontecer. É nossa função cuidar e aumentar o patrimônio que recebemos e, se não o fizermos, que herança deixaremos às juventudes futuras?

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