segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Encante-se com a beleza da Arte Barroca e Rococó presente na Igreja do Rosário

A Igreja do Rosário foi a primeira sede da Paróquia Sant’Ana entre os anos de 1760 e 1917. Construída em 1754, a Capela de Sant’Ana, como era chamada antes de ser elevada à Paróquia, representou um marco cultural e artístico para o povoado dos Campos de Sant'Ana das Lavras do Funil. Quando a nova Matriz ficou pronta, a antiga sede passou a se chamar Igreja do Rosário.

Sua presença imponente no coração da cidade esconde belas obras de artes. É um tesouro artístico e cultural de nossa cidade, sendo também considerado o edifício mais antigo de Lavras e região. Confira algumas fotos abaixo e se encante com a riqueza da arte Barroca e Rococó presente neste Templo erguido para a Glória de Deus...

Prof. Dieikson de Carvalho
Pastoral da Comunicação

Emoção e festa no lançamento do livro do jovem escritor Geovani Németh-Torres!!!

A noite de sexta feira, dia 05 de novembro, foi muito especial para todos os paroquianos de Sant’Ana que se fizeram presente no Salão Paroquial. Porém, de modo muito especial, esta noite marcou para sempre a vida do jovem lavrense Geovani Németh-Torres, que numa solenidade repleta de emoções e surpresas, lançou oficialmente o seu livro: “Os 250 anos da Paróquia Sant’Ana: a história da Igreja Católica na cidade de Lavras".

A solenidade foi conduzida pelo Professor Dieikson de Carvalho que, após breves comentários introdutórios, convidou o Senhor Valdir Curi, em nome da comunidade católica lavrense, para saudar o jovem autor do livro sobre história da Paróquia de Sant’Ana. Depois foi a vez do Pároco Padre Elígio Stulp fazer o uso da palavra para agradecer a presença de todos e enfatizar a importância do trabalho do Geovani Németh-Torres para toda a população lavrense que, a partir de agora, terá acesso a uma pesquisa de qualidade e um trabalho de profunda responsabilidade e respeito com a história do povo lavrense.

Em seguida, o próprio autor fez um pequeno relato sobre as motivações, a importância da pesquisa e os principais resultados obtidos nesse árduo e penoso trabalho de transcrever dois séculos e meio de história da Igreja Católica na cidade de Lavras. Após a sua fala, Németh, como é mais conhecido, foi muito aplaudido pelos presentes que rapidamente se dirigiram à mesa de livros para adquirirem o seu exemplar e tê-lo autografado pelo própiro autor como lembrança e recordação dessa noite duplamente histórica: tanto pelo conteúdo histórico do livro como um marco comemorativo a ser lembrado no futuro do que foi a festa dos 250 anos da paróquia de Sant'Ana.

O resultado deste lançamento foi surpreendente, pois as vendas superaram as expectativas. Mais da metade dos exemplares já foram vendidos ou reservados na própria noite do evento. Isso fez com que o autor se sentisse recompensado por tantas horas de trabalho dedicado a esta obra tão importante para todos os católicos de Lavras. Ele fez questão de ressaltar em sua fala que toda a renda do livro será destinada à Paróquia Sant’Ana e a Sociedade São Vicente de Paulo.

Mes a noite não parou por aí, ainda houve muita festa e congraçamento entre os participantes. A alegria foi a tônica deste evento que contou com a participação dos músicos do Grupo Mistura Fina, que abrilhantaram o evento com músicas estilo “Chorinho”, embalando suavemente as nossas conversas e nos fazendo deleitar com o melhor da música brasileira.

Além de um som de qualidade foi servido caldo de feijão, cachorro quente e refrigerante para alimentar o físico e dar vazão a amizade e a alegria que tomou conta de todos os presentes.

Realmente, a noite de sexta feira foi marcante para a vida de toda a Paróquia e, principalmente, a do jovem escritor Geovani Németh-Torres.Confira abaixo algumas fotos desta noite especial.

Prof. Dieikson de Carvalho
Pastoral da Comunicação

Conheça o Jovem Geovani Németh-Torres: Autor do livro sobre os 250 anos da Paróquia Sant'Ana

--- por Dieikson de Carvalho ---


Hoje temos o prazer de entrevistar o historiador e autor do Livro sobre os 250 anos da Paróquia Sant’Ana: Geovani Németh-Torres. Ele é um jovem lavrense de 24 anos de idade. Filho do simpático casal José Lázaro Torres, dentista, e Regina Maria Nemeth Torres, engenheira agrônoma. Formou-se em História na UFSJ, e é especialista em Educação Especial. Atualmente cursa Administração Pública na UFLA.

Németh, como é mais conhecido, lançará nesta sexta feira, dia 05 de novembro, a partir das 20 horas, no Salão da Paróquia Sant’Ana, o livro:“Os 250 anos da Paróquia Sant’Ana: Um história da Igreja Católica em Lavras”. Este livro veio resgatar e, de forma bem particular, podemos afirmar que veio “perpetuar” o conhecimento dos fatos históricos mais marcantes destes dois séculos e meio de existência de nossa Paróquia. Com seu jeito simples, humilde e muito acolhedor, Németh nos concedeu a seguinte entrevista:

Como surgiu a ideia de publicar um livro sobre a Paróquia Sant’Ana?

* Németh: Não são muitas as instituições com o privilégio de ter 250 anos. Para mim, o valor da data está justamente na oportunidade de observar o que representou este quarto de milênio. Como muito de nosso passado foi esquecido, nada melhor do que comemorar o aniversário reavivando nossa memória. Foi bastante gratificante fazer esta pesquisa, descobri diversos fatos importantes que devem ser compartilhados. As pessoas irão se surpreender!

Pode nos dar um exemplo?

* Németh: Fiquei admirado com a vida do padre José Bento, grande sacerdote do Século XIX. Por gerações, sua santa alma é motivo de devoção dos lavrenses. Pesquisei também o processo de beatificação do padre Dehon, e conclui que se baseia num caso ocorrido em Lavras, além de vários fatos curiosos sobre nossas igrejas e sobre a vida paroquial do passado.

Nesta pesquisa histórica sobre esses 250 anos da Paróquia Sant’Ana e a religiosidade do povo lavrense, como você analisa a fé do povo nos dias de hoje?

* Németh: Vejo com admiração, mas também com receio. Acabou o tempo dos “católicos só de nome”: a geração atual polariza-se entre jovens de uma fé ardente e admirável e uma juventude agnóstica e extremamente hostil à religião. Rezemos bastante e fiquemos atentos para que aqui não aconteça uma descristianização como ocorre na Europa.

Onde e como as pessoas podem adquirir o livro?

* Németh: O lançamento será no dia 5 de novembro, no Salão Paroquial. As pessoas que quiserem poderão adquirir o livro nesse dia ou na secretária paroquial. Quero lembrar que a tiragem do livro é pequena e que o produto das vendas será doado à Paróquia e à Sociedade São Vicente de Paulo. A edição é toda ilustrada, contendo cem fotos.

O que você ressaltaria de mais interessante nesta pesquisa realizada sobre a história da nossa Paróquia?

* Németh: Uma constante em toda a história é a ação positiva dos católicos em prol da comunidade e da cidade. Foi o empenho da sociedade que fez a paróquia ser transferida de Carrancas para cá; foram nossos ancestrais que construíram a Matriz – sem dúvida a maior mobilização já vista em Lavras – e também foram eles os responsáveis por salvar a Igreja do Rosário quando ela esteve ameaçada.

Deixe uma mensagem para os paroquianos de Sant’Ana que celebram o Jubileu dos 250 anos de fé e de dedicação a Deus.

* Németh: Foi a fé e o esforço de nossos antepassados que fizeram esta gloriosa paróquia! Honremos o passado, para assim preservar e legar às futuras gerações o mesmo amor a Deus, que sempre esteve presente em nossa comunidade. Nossa Senhora e Sant’Ana, rogai por nós!

Pastoral da Comunicação


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Fonte: A Voz de Sant'Ana, Edição Especial. Ano XIII, n. 140. Lavras. Nov. 2010.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Os 250 Anos da Paróquia de Sant'Ana

Sant'Ana ensinando
Maria a ler a Bíblia
(Escultura do Século XVIII)

A paróquia de Sant’Ana foi fundada em 21 de novembro de 1760, a partir da transferência d sede eclesiástica que antes estava em Carrancas. Há 250 anos, Lavras tinha por volta de mil habitantes e era então conhecida como Povoação dos Bueno, de acordo com um mapa da época. O nome era referência aos paulistas descendentes de Francisco Bueno da Fonseca, primeiro explorador e sesmeiro desta região.

Uma informação que poucas pessoas sabem é que Lavras fora ponta-de-lança das campanhas militares de 1759-1760 promovidas pela capitania contra os quilombos do Campo Grande (vasta rede de quilombolas que se espalharam por mais de trezentos quilômetros no sul e oeste de Minas). Entre os comandantes do grande exército estavam Diogo Bueno da Fonseca e seu cunhado, Bartolomeu Bueno do Prado, cujas propriedades incluíam boa parte do atual território lavrense. Novas expedições continuaram a serem feitas, e o que impressiona é que uma delas saiu das Lavras do Funil em 27 de agosto de 1760, um dia depois do Visitador episcopal assinar o termo de provimento autorizando a transferência e um dia antes do pároco em Carrancas exprimir seu parecer favorável à mudança! Considerando a interessantíssima convergência de datas, locais e personagens entre os acontecimentos das batalhas contra os quilombolas e a transferência da paróquia para cá, fica bastante claro a relação entre os dois processos históricos. De fato, estes eventos foram dos mais decisivos para os destinos de Lavras. Sendo a nova sede paroquial, o arraial ficou em posição privilegiada frente uma freguesia territorialmente vastíssima (cerca de vinte vezes maior que a área atual do município), além de gradativamente se impor como o centro regional que é hoje.